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Governo e sindicatos ampliam presença na gestão da Petrobras sob Magda

Após mudança de diretórios, estatal promove troca em chefias de áreas técnicas; Mudanças causam preocupação em investidores

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A Petrobras realizou nas últimas semanas uma grande restruturação de seu segundo escalonamento, em processo que vem gerando preocupação entre investidores privados do estatal diante do aumento da influência do governo e de sindicatos em sua gestão.

A companhia diz que a renovação é O

natural após uma troca no comando, com a chegada da presidente Magda Chambriard e de três novos diretores, e que todos os indicados passaram pelo crivo dos controles internos de governança.


Costa Pinto e Leão estão na Petrobras desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o primeiro como assessor da presidência e o segundo como presidente de subsidiária. Nozaki foi assessor do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante.

O gerente-executivo ligado ao PT é Wellington Cesar Silva, que foi assessor jurídico da Casa Civil e foi transferido recentemente como advogado-geral da Petrobras.

Magda trouxe para a assessoria da presidência da estatal o ex-chefe de gabinete da ex-presidente Dilma Rousseff Giles Azevedo, também do partido, que atuará no relacionamento da empresa com o poder público, segundo a empresa.

O Palácio do Planalto já havia emplacado com Magda uma indicação do diretor Financeiro da companhia , Fernando Melgarejo, que esteve na Previ, o fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil.

A indicação de candidatos externos para gestão executiva é vista com restrições mesmo por aliados dos sindicatos, por desvalorizar quadros internos com experiência nas áreas operacionais.

Em nota, a Petrobras diz que “a formação de equipes, com eventuais trocas de gestores, faz parte da dinâmica do processo de gestão de pessoas”. Das 17 trocas em gestão executiva, afirma, apenas quatro contemplam a nomeação de profissionais externos.

Minoritários, porém, questionam o descumprimento dos requisitos exigidos aos candidatos às vagas estaduais. O caso mais evidente é o de Melgarejo, cuja indicação esbarrou na falta de proficiência em inglês, usada para o cargo.

O Comitê de Pessoas, que avaliava as restrições, concluiu que "em face da vasta experiência profissional do candidato na área e dos precedentes existentes em casos semelhantes" e aprovou o nome recomendando que o executivo estudasse o idioma.

Com carreira na academia, os indicados da FUP também estariam em desacordo com a política de periodicidade da estatal, segundas fontes. Ela exige um mínimo de 36 meses em "posição de chefia superior" para candidatos externos a gerências executivas.

A Petrobras afirma que "os indicados passaram por uma série de análises de cumprimento dos requisitos de integridade e de capacidade de gestão, como conhecimento na área de atuação pretendida, experiência em liderança e desempenho em funções anteriores".

Afirma ainda que, embora não seja exigido por lei, as atas do comitê que avaliam essas restrições estão sendo disponibilizadas em seu site. Até esta segunda-feira (19), porém, não havia detalhes sobre nomeações para gerências-executivas.

O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, negou à reportagem que tenha feito cronograma para cargas.

“São pessoas que a gestão aprendeu que têm competências suficientes para ter essas três gerências executivas”, afirmou. “É que pode contribuir com a Petrobras que a gente espera que ajude no desenvolvimento econômico e social do país.


RAIO-X | PETROBRAS

Fundação : 1953

Principais atividades : exploração e produção de petróleo e combustível

Número de empregados : 40.400

Faturamento em 2023 : R$ 511,9 bilhões

Lucro em 2023 : R$ 124,6 bilhões

Produção de petróleo e gás : 2,7 milhões de barris por dia




 
 
 

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